quinta-feira, 26 de agosto de 2010
PréENEARTE
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Gambiarra Pau e Lata
segunda-feira, 29 de março de 2010
Teia 2010-Tambores Digitais
terça-feira, 23 de março de 2010
CARTA ESCRITA NO ANO 2070
Afinal, dia 22 de março é o dia dela... é o dia daqueles que lutam pela sua preservação
um dia que talvez, não muito tarde, lembramos apenas dele... e tentaremos lembrar como ERA a água.
Ano 2070.
Acabo de completar 50 anos, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo pouca água.
Creio que me resta pouco tempo.
Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade. Recordo quando tinha 5 anos.
Havia muitas árvores nos parques. As casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro por aproximadamente uma hora.
Tudo era muito diferente.
Agora usamos toalhas em azeite mineral para limpar a pele.
Antes, todas as mulheres mostravam as suas formosas cabeleiras.
Antes, meu pai lavava o carro com a água que saía de uma mangueira.
Hoje os meninos não acreditam que utilizávamos a água dessa forma.
Agora, raspamos a cabeça para mantê-la limpa sem água.
Recordo que havia muitos anúncios que diziam para CUIDAR DA ÁGUA, só que ninguém lhes dava atenção. Pensávamos que a água jamais poderia terminar.
Agora, todos os rios, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.
As infecções gastrointestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático.
As fábricas dessalinizadoras são a principal fonte de emprego e pagam os empregados com água potável em vez de salário.
Os assaltos por um litro de água são comuns nas ruas desertas.
A comida é 80% sintética.
Antes, a quantidade de água indicada como ideal para se beber era oito copos por dia, por pessoa adulta.
Hoje só posso beber meio copo.
A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo. Tivemos que voltar a usar as fossas sépticas como no século passado porque a rede de esgoto não funciona mais por falta de água.
A aparência da população é horrorosa: corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não têm a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera.
Com o ressecamento da pele, uma jovem de 20 anos parece ter 40.
Não se pode fabricar água, o oxigênio também está degradado por falta de árvores, o que diminuiu o coeficiente intelectual das novas gerações.
Os cientistas investigam, mas não há solução possível.
Alterou-se a morfologia dos gametas de muitos indivíduos.
Como conseqüência, há muitas crianças com insuficiências, mutações e deformações.
O governo até nos cobra pelo ar que respiramos: 137 m3 por dia por habitante adulto.
Quem não pode pagar é retirado das "zonas ventiladas", que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar.
Não são de boa qualidade, mas se pode respirar.
A idade média é de 35 anos.
Em alguns países restam manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército.
A água tornou-se um tesouro muito cobiçado, mais do que o ouro ou os diamantes.
Aqui não há árvores porque quase nunca chove. E quando chega a ocorrer uma precipitação, é de chuva ácida.
As estações do ano foram severamente transformadas pelas provas atômicas e pela poluição das indústria do século XX.
Advertiam que era preciso cuidar do meio ambiente, mas ninguém fez caso.
Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o quão bonito eram os bosques.
Falo da chuva e das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse.
O quanto nós éramos saudáveis!
Ela pergunta-me:
- Papai! Por que a água acabou?
Então, sinto um nó na garganta!
Não posso deixar de me sentir culpado porque pertenço à geração que acabou de destruir o meio ambiente, sem prestar atenção a tantos avisos.
Agora, nossos filhos pagam um alto preço...
Sinceramente, creio que a vida na Terra já não será possível dentro de muito pouco tempo porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria de voltar atrás e fazer com que toda a humanidade compreendesse isto...
...enquanto ainda era possível
fazer algo para salvar o nosso planeta Terra!
Texto publicado na revista "Crónicas de los Tiempos“, de Abril de 2002.
22 de março dia Mundial da Água
No dia 22 de março de 1992 foi instituído o Dia Mundial da Água criado pela ONU (Organização das Nações Unidas). Dia destinado a discussão sobre os diversos temas relacionados a esse bem natural, com objetivo de criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas na busca de soluções para tal problema.
Declaração Universal dos Direitos da Água – documento criado pela ONU.
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
PORTAL DE MEIO AMBIENTE DA UFRN - www.meioambiente.ufrn.br
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
"O Coletivo Marcha da Maconha é um movimento independente"
A Marcha da Maconha é um coletivo que está organizado por uma rede de colaboradores distribuídos em alguns estados do Brasil, com o objetivo de promover espaços para debates políticos e culturais. O coletivo não tem a intenção de fazer apologia ao uso da maconha, porém há uma discussão de como reformar Leis e Políticas Públicas sobre a sua legalização e seus diversos usos.
Vamos começar o debate e entrar no calendário nacional!
Carnaval com cultura e arte 2010. Micarla "Não MI-Cala"
O carnaval em Natal/RN 2010 está de parabéns, pois nós artistas não permitimos que o “VERGONHOSO CACHÊ” oferecido pela prefeitura calasse o nosso desejo de fazer e mostrar nossa cultura, fomos às ruas e mostramos nossa arte...
____“ O meu tambor não se cala não... a minha voz não morre jamais...”_____
No circuito da redinha o Projeto Pau e Lata se fez presente como puxador oficial de três blocos, sendo eles Papangu da Redinha, Os Cão da Redinha e Afoxé Estrela da Manhã. Além desses blocos o projeto recebeu um dia anterior o convite para puxar o Tradicional Bloco Baiacu na Vara, que saiu na manhã do dia 17/02. BLOCO PAPANGU DA REDINHA saiu no dia 12/02(sexta) ás 19:00hs (nesse dia não tivemos apoio de água prometido pela prefeitura, onde os coordenadores do bloco tiraram do seu bolso) e na terça 16/02(terça), 00:00hs, com concentração na praça do Cruzeiro. O BLOCO PAPANGU DA REDINHA, tem como objetivo resgatar a brincadeira centenária do papangu, personagem que durante muito tempo foi um dos mais importantes do carnaval, Papangu eram pessoas que saiam nas ruas fantasiadas/mascaradas, sendo uma brincadeira tradicional dos carnavais mais antigos de Natal/RN. O Bloco se distingue dos demais, pois saem nas ruas da redinha como foliões fantasiados e/ou mascarados. Esse foi mais ano que o BLOCO PAPANGU DA REDINHA saiu no carnaval e com novidades, amostra de pirofagia realizada com alguns jovens da Redinha.
Pronde tu vai eu vou
Pra onde eu vou vai tu vai
Vamos simbora vestidos de papangu
Bis
Vamos na onda nessa praia nesse bloco
É agora vamos logo encarar a multidão é
da Redinha esse frevo
Ninguém me segura de novo
Venha comigo
E agarre minha mão
Não perca o passo se mexa
Eu quero cantar com esse povo
Vamos simbora e haja coração
E em Natal/RN no dia 15/02(segunda) ás 9:00 da manhã o bloco saiu pelas ruas da Redinha ao som dos belos cânticos de terreiros sendo puxados pelas filhas de santo e repetidos por todos, acompanhado por instrumentos de percussão como os atabaques, agogôs, alfaias, xequerês, abes e outros. O bloco teve a presença de simpatizantes e parceiros da música que pegaram o seu instrumento e fizeram a festa. O bloco possui hino com composição letra e música de Danúbio Gomes
AFOXÉ ESTRELA DA MANHÃ
Estrela da manhã traz o axé pro carnaval (2x)
Faz a festa com a benção de Oxalá (2x)
Abre os caminhos com o som do agogô
O atabaque pede ao Santo
Bate o tambor (2x)
Estrela da manhã traz o axé pro carnaval (2x)
Faz a festa com a benção de Oxalá (2x)
É na quizomba que mistura-se na cor
Onde cruzar os caminhos
Aflora o amor
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O show Sinfeiria em Três Movimentos utiliza a estrutura musical de uma sinfonia clássica adaptada ao universo das feiras livres para compor o espetáculo percussivo, destacando os movimentos: Allegro, Andante e Allegreto. O programa foi elaborado a partir de uma pesquisa musical do cotidiano das feiras livres que através da recriação de “pregões” tradicionalmente executados pelos feirantes, resgatam a importância da tradição oral na cultura brasileira. Além disso, propõe-se o diálogo de peças do repertório musical clássico com os ritmos afro-brasileiros como o Maracatu, Afoxé e Coco de Roda apresentados em composições rítmicas pelos tambores graves, médios e agudos (latas). Com isso, propõe uma interlocução entre os saberes populares, da tradição oral e os ritmos de origem africana, parte do arcabouço cultural dos negros africanos que escravizados foram trazidos para nosso país. Utiliza instrumentos construídos a partir do reaproveitamento de materiais diversos, tais como: latas de tintas e vasilhames de materiais químicos. A própria visualização (em cena) do uso de instrumentos musicais construídos a partir da reutilização de materiais que seriam usados e normalmente descartados no ambiente, sinaliza ao público a responsabilidade social e ambiental incorporada pelo projeto artístico-pedagógico Pau e Lata. Como proposta de interação com a platéia, ao final de cada espetáculo, o grupo convida o público presente a participar de uma vivência percussiva que será realizada posteriormente. Durante essa atividade educativa, os participantes poderão conhecer o processo de construção dos instrumentos e das células rítmicas experimentando-os. A estréia do show Sinfeiria aconteceu no Fórum Social Mundial em Belém do Pará, janeiro de 2009.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
TRAJETÓRIA PAU E LATA....
O PROJETO PAU E LATA teve início na cidade de Maceió/AL, no ano de 1996 por Danúbio Gomes e no ano seguinte, na cidade de Natal e Baia Formosa/RN.
De 1997 a 1999, apresenta o espetáculo O TRENZINHO CAIPIRA, com composições próprias e de outros autores potiguares. Desenvolve um trabalho de inserção de canções que marcam as várias culturas presentes no Brasil, comprovando a riqueza musical existente em nosso país (baião, afoxé, samba, toré, etc.).
Em 1998, além das atividades pedagógicas, com crianças e adolescentes, inicia a formação de um grupo musical para divulgar a Música Popular Brasileira e a Música Experimental.
Em 1999 e 2000, monta e apresenta o show ENLATADO, onde o grupo convida a todos para embarcarem numa viagem de ritmos. Este show foi apresentado nas cidades de Natal/RN, Recife/PE, João Pessoa e Campina Grande/PB, entre outras.
A partir do ano 2000, o Projeto Pau e Lata se transformou em Projeto de Extensão pelo Departamento de Artes da UFRN, passando a ser denominado “Pau e Lata: Projeto Artístico – Pedagógico”, desenvolvendo atividades com grupos nas cidades de Natal, Lajes do Cabugi, Mossoró urbano-rural, Pedro Velho e Apodi, localizadas no Rio Grande do Norte. Desenvolve a partir de 2001, um núcleo de estudos rítmicos, na UFRN, com jovens e adultos, alunos, professores, funcionários desta instituição e da rede pública de ensino e profissionais liberais.
Em 2001, participa junto com o Grupo Parafolclórico da UFRN, do Festival de Folclore em Olimpia/SP. Em 2002, participa do Encontro Nordestino da Juventude em Recife/PE. Em 2003, participa do Fórum Social Mundial em Porto Alegre/RS e do Acampamento Latino-Americano da Juventude na Praia deTremembé, na cidade de Icapuí/CE. Ainda neste ano, durante a CIENTEC – Feira de Ciência Tecnologia e Cultura, promovida pela UFRN, apresenta o show ENLATANDO O FOGO ENCANTADO, resultado das atividades realizadas com grupos de jovens e adolescentes, nas cidades de Natal e Lajes do Cabugi. Esse show mostra a beleza rítmica da música instrumental tocando Maracatu, Afoxé, Ciranda, Coco de Roda, Samba, Samba-Reggae, Rap e Funk.
Em 2004, realiza o Seminário de Formação da Associação Pau e Lata no Camping Clube de Natal/RN, participa do Fórum Cultural Mundial em São Paulo/SP e compõe a coordenação do Fórum Social Potiguar em Mossoró/RN.
Em 2006, inicia a formação e manutenção de dois núcleos do Pau e Lata na cidade de Palmeira dos Índios e Senador Rui Palmeira, localizadas no sertão de Alagoas. Nesse mesmo ano, é contemplado como PONTO DE CULTURA do PROGRAMA CULTURA VIVA/MINC.
Em 2007, realiza o I Seminário de Extensão e Democratização da Cultura, na CIENTEC/UFRN, com participação dos núcleos de atuação do Pau e Lata. Neste evento, apresenta junto a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte. No ano de 2009, participa do Fórum Social Mundial em Belém/PA, ministrando uma vivência musical e estreando o espetáculo SINFEIRIA, um trabalho de pesquisa sonora baseando-se nas feiras livres, adicionado a composições consagradas da música clássica como O TRENZINHO CAIPIRA de Villa Lobos, BOLERO de Maurice Ravel, bem como ritmos afro-brasileiros. Neste mesmo ano, realiza o ECOAR, evento de intervenções, vivências e instalações ambientais no Departamento de Artes/UFRN, ainda em 2009 participa do XIII ENEART em Salvado/BA, apresentando o show Sinfeiria, oficina de ritmo, trabalho cientifico, audiovisual, cortejos e intervensões. Em Outubro realiza o II SEDEC - Seminário de Extensão e Democratização da Cultura, fazendo perte da programação da CIENTEC/UFRN, nesse mesmo evento foi realizado o I Encontro Percussivo do Rio Grande do Norte/ Kizombandando, estando envolvidos os núcleos atuantes do Pau e Lata e convidados.